Este ensaio trata da possibilidade do resgate da corporeidade negra na Dança de Gafieira carioca ao abordar algumas das características sociais e culturais da lógica capitalista e colonial de dominação no planejamento colonial de corpos, de dominação de seus gestos e exclusão da origem africana dos sentires presentes nos corpos e movimentos culturais, como a Dança da Gafieira. O ensaio debruça-se sobre possibilidades de desvelar e fortalecer essa dança e suas potências como linguagem capaz de criar fissuras nos sistemas de dominação, ao dialogar com o pensamento e as algumas práticas de criação e pedagógicas do coreógrafo e dançarino João Carlos Ramos e sua Cia. Aérea de Dança.