O artigo tem como objetivo apontar algumas contradições existentes entre as experiências dos sujeitos e as práticas escolares e assistenciais dirigidas às infâncias na cidade do Rio de Janeiro, entre os séculos XIX e XX. Ao priorizar, em sua análise, as tensões entre a cultura escolar e as ações dos sujeitos, os castigos escolares emergem como entrave da modernidade educacional. Recorrendo a um corpus documental variado, verificou-se que, longe de representarem um consenso, as práticas escolares e assistenciais, tanto as públicas quanto as particulares, geravam conflitos, interesses e fissuras entre os diferentes atores e setores dedicados à causa da criança.