Este artigo desafia as narrativas tradicionais ao explorar a relação entre gênero, Psicologia e a psiquiatrização da transfobia. Ao questionar as bases epistemológicas que sustentam essas construções, propõe-se uma (trans)codificação radical da Psicologia, rompendo com os paradigmas coloniais que perpetuam a violência e a marginalização. Utilizando as obras de pensadores como Paul Preciado, Sofia Favero e Judith Butler, esta análise crítica revela como os discursos psiquiátricos não apenas patologizam, mas também desumanizam os corpos não conformes. Ao final, enfatiza-se a importância de um encerramento que não seja definitivo, permitindo a continuidade do diálogo e da resistência, destacando a urgência da criação de novas práticas psicológicas que contemplem a diversidade e a dignidade humana, defendendo uma (trans)codificação que não apenas critique, mas ativamente subverta as práticas que perpetuam a violência estrutural e a transfobia.