“…Fazendo uso de (inevitáveis) comparações e analogias com exemplares "de referência" conhecidos, estes fragmentos de Dressel 20 de Alto dos Cacos têm os seus melhores paralelos nos documentados em sítios de produção como Las Delícias (Sáez Fernández et al, 2001;Mauné et al, 2014;Bourgeon et al, 2016) ou Sevilha (García Vargas, 2000;, em sítios de consumo como Saint-Colombe (Helly, Bot-Helly, Liou, 1986), Porte d' Orée, em Fréjus (Laubenheimer et al, 1991) ou em vários naufrágios deste período como o de Cala Piombo (Galasso, 1997, 121), Lavezzi 2 (Bebko, 1971), Oscellucia (Liou, 2001, Lám.XI,9), Ille de Jarre (Pomey et al, 1989) ou Port-Vendres 2 (Colls et al, 1977). 4 É hoje em dia bem sabido que no estudo analítico das ânforas Dressel 20, tanto peças inteiras, como também de fragmentos, a maior parte dos seus atributos morfológicos (bordo, colo, asa, corpo, fundo) parecem ter grande relevância, já que representam diversas variantes que correspondem a diferentes etapas do desenvolvimento tipológico destes contentores, cuja produção parece manter-se até finais do século III d.C., pelo menos em época de Galieno, segundo datações consulares de 275 d.C. (Remesal Rodríguez, 1983;Rodríguez Almeida, 1984;Berni Millet, 1998;Berni Millet, García Vargas, 2016).…”