Este artigo trata de uma reflexão teórica e processual a respeito de práticas insurgentes, constituídas pela Ocupação Raízes da Praia, hoje uma comunidade, localizada na orla de Fortaleza, Ceará. O artigo é uma reflexão possibilitada pelo trabalho de assessoria técnica desenvolvida pelo grupo do Programa de Educação Tutorial do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (ArqPET UFC). Ao longo do texto será descrito o histórico dos 09 anos de ocupação da Comunidade, traçando a dimensão do planejamento popular desenvolvido pelos moradores, com os movimentos urbanos e assessorias, como experiência social potente para solucionar a questão da moradia. Ademais, a reflexão interpreta a capacidade de gestão e produção espacial da Comunidade como uma instância de prática insurgente. Configuram como métodos: plano de ações projetuais, observação participante realizada ao longo de 03 anos e meio de atividade de extensão acadêmica de apoio a Comunidade Raízes da Praia, análises de cartografias e documentos jurídicos e entrevistas realizadas com moradores, apoiadores e advogadas.