Este artigo analisa a narrativa sobre o turismo, a figura do turista, bem como a justificativa de sua inserção na agenda pública em textos presentes no Guia de Turismo Rodoviário do Rio Grande do Sul de 1952, publicado pela Publicitária Riograndense. Partindo da noção de documento/monumento (LE GOFF, 1984), analisamos as condições de produção da obra e suas especificidades. Os textos analisados apresentam um esforço em consolidar o turismo como uma alavanca de desenvolvimento do Brasil e especificamente do Rio Grande do Sul, em um vínculo entre expansão do turismo e expansão do modal rodoviário. Outro ponto marcante é a ideia do turismo como elemento civilizatório.