“…A figura do faraó no imaginário popular e o conhecimento brasileiro sobre as consortes divinas É muito comum em filmes (Khachab 2017;Serafy 2003), materiais didáticos que abordam o Egito Antigo (Funari 2004a, b) e em museus (MacDonald 2003: 92) a forte presença da figura do faraó como indivíduo responsável pela manutenção da ordem do reino, quase como um ser onipotente. Sabemos já há um tempo considerável, pelos estudos recentes da Egiptologia, que a atuação do faraó enquanto rei, seja ela política ou religiosa, passava por uma série de negociações entre as elites e os sacerdotes do Egito (João 2015;Lima 2016;Pires 2021). Ademais, essa relação não foi a mesma ao longo do tempo, mudando constantemente durante a história egípcia.…”