Este trabalho avaliou retrospectivamente correções de imagens planares de pacientes já submetidos a tratamentos de neuroeixo, a fim de quantificar a magnitude dos erros de posicionamento e aplicá-los em diferentes técnicas de radioterapia em arco modulada volumetricamente (VMAT) para definir a que possui o menor impacto dosimétrico considerando estes erros, para implementação na prática clínica, que é objetivo deste estudo. Ao todo 219 imagens planares de 15 pacientes foram selecionadas para avaliação estatística de erros de posicionamento. Para os planejamentos, quatro pacientes pediátricos já tratados com técnica 3D conformacional foram selecionados. Para cada um, cinco planos de tratamento VMAT foram otimizados em duas técnicas: sobreposição com 3 cm, 6 cm e 9 cm de junção e gradiente com 6 cm e 9 cm e foram avaliados pelos índices: V100%, V95%, D98%, D2%, número de conformidade (CN) e índice de heterogeneidade (HI). Em cada plano, foram inseridos erros de posicionamento com a magnitude encontrada na análise retrospectiva das imagens, bem como avaliar a diferença na distribuição de dose quando considerado a mesa de tratamento. As imagens demonstraram deslocamentos médios entre 1 e 5 mm e em alguns casos chegando à 15 mm. Em relação à qualidade dos planejamentos, todos obtiveram resultados coerentes baseados nas métricas avaliadas sem diferenças significativas. Porém, a técnica de gradiente (9 cm de junção) reduziu o impacto dosimétrico em comparação às outras técnicas quando submetida aos erros de posicionamento. Por fim, ao considerar a mesa de tratamento nos planejamentos, foi encontrada uma redução de 10% no V100%. Os resultados mostraram que para implementação da técnica VMAT para neuroeixo recomenda-se realizar imagem de posicionamento diária para minimizar erros de posicionamento com magnitudes maiores que a média encontrada de 3 mm no sentido longitudinal, pois estes têm impacto significativo na distribuição de dose nos planejamentos modulados.