Abstract. Duncan Pritchard has suggested that anti-luck epistemology and virtue epistemology are the best options to solve the Gettier problem. Nonetheless, there are challenging problems for both of them in the literature. Pritchard holds that his anti-luck virtue epistemology puts together the correct intuitions from both anti-luck epistemology and virtue epistemology and avoids their problems. Contra Pritchard, we believe that there is already a satisfactory theory on offer, namely, the defeasibility theory of knowledge. In this essay we intend (i) to examine Pritchard's anti-luck virtue epistemology, and (ii) to defend the defeasibility theory of knowledge as an alternative to Pritchard's theory. We will provide the reader with reasons for believing that the defeasibility theory is better than Pritchard's theory because the former is more economic and more ecumenical than the latter, since it goes without non-epistemic notions and remains neutral as for the internalism vs. externalism debate.
Keywords:The Gettier problem; anti-luck epistemology; virtue epistemology; defeasibility theory; Duncan Pritchard.
IntroduçãoImagine um sujeito, S, que consulta o seu relógio de parede (analógico) para checar as horas. Por meio da sua percepção, ele passa a crer que são cinco horas, e ele crê verazmente -são, de fato, cinco horas. Até aqui, é plausível supor que a maioria de nós diria que S sabe que são cinco horas. Mas suponha que o seguinte também é verdadeiro neste caso: o relógio de S está parado, e por mera coincidência ele parou há exatamente 12 (ou 24) horas. Aqui, por sua vez, é plausível supor que nenhum de nós diria que S sabe que são cinco horas, embora isto seja verdadeiro e S creia nisso por meio da sua percepção confiável.Por que somos levados a pensar que S não tem conhecimento no cenário exposto acima? Trata-se do famoso caso Stopped Clock, de Bertrand Russell (1948, p.154). Qual é o problema? Muitos epistemólogos prontamente responderiam o seguinte: O problema é a sorte envolvida no alcance da verdade. É por pura sorte que S acaba com uma crença verdadeira sobre o horário, pois é pura sorte que, no momento em que S olhou para o relógio, ele estava parado há exatamente 12 ou 24 horas. Parece a muitos de nós que o conhecimento não pode ser algo tão frágil como é o alcance sortudo da verdade de uma crença. Peter Unger (1968, p.158) sugeriu que esta ideia faz parte da própria explicação do conhecimento. Ele sugeriu que um sujeito, S, sabe que P somente se não é um acidente que S está certo quanto ao que ele crê.Principia 20(2): 179-200 (2016).