O cruzamento de doenças de COVID-19, HIV e Tuberculose em países com uma alta carga de infecções por HIV e TB apresenta vários desafios à saúde pública do século XXI, até então nunca descrita, é potencialmente fatal. Objectivo: avaliar os aspectos diagnósticos e prognósticos de pacientes coinfectados com COVID-19, HIV e tuberculose. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura, de carácter descritivo e de abordagem qualitativa, nas bases de dados Google Scholar, PubMed, SciELO e LILACS, utilizando os descritores “COVID-19 e co-infecção; COVID-19, HIV e Tuberculose”. Resultados: Foram incluídos 6 artigos. A maioria dos pacientes com co-infecção tripla foi do sexo masculino, com média de idade de 43.5 anos. Os sintomas mais relatados foram febre, tosse, cefaleia, mialgia e astenia. As principais alterações laboratoriais incluíram CD4 com níveis diminuído, alta carga viral, linfopenia, trombocitopenia, Hemoglobina com níveis diminuído, níveis elevados de proteína C reativa, velocidade de hemossedimentação aumentada, elevação de D-dímero e hiperferritinemia. Achados imaginológicos como infiltrados apical esquerdo, opacidades irregulares peri-hilares, cavitações, empiema pleural, vidro fosco e opacidades nodulares foram frequentes. A letalidade foi de 2,6%. Conclusão: O presente estudo mostrou que os casos da COVID-19 associados ao HIV/TB são mais comuns em homens e observou-se uma tendência dos pacientes coinfectados a evoluírem com quadro moderado ou grave, incluindo necessidade de internamento. Por isso é fundamental que os profissionais de saúde estejam actualizados e capacitados no manejo de pacientes com co-infecção HIV/TB aquando da sua associação à infecção por COVID-19 com vista a melhoria de prognóstico