Artigo extraído da dissertação de mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP
RESUMOTrata-se de um estudo para avaliar a prevalência da incontinência urinária (IU) e fatores associados entre mulheres profissionais de enfermagem de um hospital-escola.
INTRODUÇÃONa população feminina, a experiência com episódios de perda urinária é uma condição que ocorre não somente entre mulheres idosas, mas também entre mulheres jovens e na meia-idade. Os problemas urinários não são conseqüências naturais da idade e nem é um problema exclusivo do envelhecimento (1) .A incontinência urinária (IU) foi definida pela Sociedade Internacional de Continência (International Continence Society -ICS) como "perda involuntária de urina que é um problema social ou higiênico" (2) . A definição como um problema social ou higiênico tem sido consistente em vários estudos realizados, no entanto, pode ou não se tornar um problema higiênico ou social, porque nem todas as mulheres consideram que a IU interfere nas atividades diárias (3) .A mulher incontinente reporta uma pior qualidade de vida comparada com a mulher continente (2)(3)(4) e estudos demonstram que a depressão e a doença do pânico são altamente prevalentes em mulheres com IU (5) .Alguns fatores influenciam os índices de prevalência da IU na mulher, fazendo com que os resultados não tenham a mesma consistência nos diversos estudos. Estes índices variam de acordo com a metodologia adotada para o estudo, como: características da população (faixa etária, atividade