Por mais de vinte anos, o mundo lidou com o surto do vírus da imunodeficiência humana (HIV). A primeira ocorrência da patologia no Brasil sucedeu em 1980, e os infectados viviam uma realidade que obriga uma sequência de restrições, sobretudo na qualidade de vida e em seu planejamento familiar. Nos dias atuais, muito diferente do começo da epidemia, os portadores do HIV podem viver com qualidade, ter maior expectativa de vida e viver completamente sua sexualidade, dispondo planejar descendências saudáveis, graças a uma personalização que se refere à inserção de tradições em suas vidas cotidianas que os auxiliam a viver com o vírus. O presente trabalho tem como proposta analisar o alcance de gametas seguros através de técnicas de processamento seminal para casais soro discordantes em HIV, nas quais associadas ao uso da medicação antirretroviral, minimizam ao máximo as chances de transmissão do vírus entre parceiros e para o bebê com o uso da técnica de tripla lavagem seminal, desinfectando a amostra do sêmen e separando os espermatozoides do plasma seminal. O vírus HIV e a terapia antirretroviral podem causar infertilidade masculina, a reprodução humana assistida auxilia nesta problemática através de técnicas da análise seminal e espermograma, analisando os espermatozoides e suas características, selecionando apenas os mais aptos e saudáveis para a concepção. Ao final do processo, cabe ao casal em questão escolher a Fertilização in vitro (FIV) através da Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI), como etapa final.