ResumoA tecnologia de autorredução apresenta um grande potencial por apresentar características de alta velocidade de redução e de eficiência energética, resultando em economia de energia e em alta produtividade na produção de metal primário. Têm-se dois processos consolidados de aglomeração. A utilização de cimento como aglomerante, com cura a frio que formam hidratos que conferem resistência, apresenta problema principal de sofrer degradação às temperaturas na faixa de 800 a 1000 °C, devido à decomposição dos hidratos. O outro processo é o de utilização das propriedades do carvão de alta fluidez e tratá-lo termicamente para que sirva de redutor e aglomerante. Este processo não é o de cura a frio, porém diminui consideravelmente a quantidade de escória em comparação com a utilização de cimento. O objetivo deste trabalho é o de analisar, na literatura técnica, os aglomerantes alternativos e iniciar os ensaios para verificar os comportamentos de resistência mecânica, principalmente a quente. Em função dos resultados a etapa seguinte será a de projetar um processo que seja compatível com resistência mecânica a quente. A análise resultou em sugestões para os ensaios. Os resultados preliminares, com utilização de bentonita e ácido bórico estão indicando resistência a quente das pelotas melhores que as obtidas com a utilização de cimento. Palavras-chave: Autorredução; Aglomerantes alternativos.
ALTERNATIVE BINDERS FOR ORE-CARBON COMPOSITE AGGLOMERATE: AN ANALYSIS AbstractThe technology of self reduction of iron ore presents great potential due its high reduction rate and better energy efficiency, resulting in energy saving and high productivity of iron. There are two main processes for agglomeration of iron ore-carbon composites. The first one uses cement as binder, the hydrates formed during the cold curing strengthen the agglomerate. But its main drawback is that at temperatures between 800 and 1000 °C the hydrates start to decompose, lowering the mechanical strength. The other process uses the thermal plasticity of coking coals to bind the particles of the agglomerate, so there is no need for additional binders. This process decreases considerably the generation of slag compared to the agglomerates with cement. The objective of this paper is to analyze alternative binders and to do tests to verify their effects on mechanical strength, especially at higher temperatures. After the results, the next step is to design a process to produce agglomerates with improved properties. The analysis resulted in suggestions for the tests. The preliminary tests showed that agglomerates with bentonite and boric acid indicates better mechanical strength at high temperatures to those with cement.