Introdução: a gravidez é caracterizada por diversas alterações fisiológicas que podem produzir sintomas desconfortáveis. Para amenizar certos desconfortos, as gestantes muitas vezes utilizam medicamentos sem conhecer os possíveis riscos para a própria saúde e para o desenvolvimento fetal. A exposição a alguns medicamentos pode ocasionar desfechos graves, como aborto e mal formação congênita, especialmente no primeiro trimestre gestacional. Objetivo: analisar a atuação do farmacêutico na orientação às gestantes sobre o consumo de medicamentos. Método: revisão integrativa da literatura, com buscas realizadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); e no motor de busca PubMed Central (PMC), bem como através de pesquisas complementares através do site Google Acadêmico. Foram selecionados somente os estudos publicados nos anos entre 2019 e 2023, em português ou inglês, possuindo no título ou no resumo pelo menos um dos descritores utilizados nos critérios de busca e disponibilizados gratuitamente na internet. Não foram selecionados os estudos divergentes dos critérios de inclusão, bem como monografias, dissertações e outros trabalhos de conclusão de curso. Resultados e discussão: após as etapas de seleção dos estudos, apenas 11 artigos foram selecionados. Os resultados da análise mostraram que a automedicação é uma prática frequente na gestação e a maioria das mulheres desconhece as possíveis consequências de utilizar medicamentos sem prescrição ou orientação profissional. Destacou-se que o farmacêutico é o profissional capacitado a integrar a equipe multidisciplinar no acompanhamento e orientação à gestante, promovendo o aconselhamento para prevenir o uso inadequado de medicamentos, realizando ações educativas durante a dispensação e exercendo a vigilância rigorosa sobre a terapia medicamentosa prescrita. Conclusão: o farmacêutico pode atuar de maneira ampla na orientação às gestantes quanto ao uso de medicamentos, tanto na dispensação quanto em campanhas de conscientização, desempenhando o papel de agente educador para prevenir a automedicação.