Use of palm trees as a sleeping site for hamadryas baboons (Papio hamadryas hamadryas) in Ethiopia

Abstract

Hamadryas baboons sleep on cliffs throughout their range, and this can be attributed to the safety cliffs provide against predators in the absence of tall trees. In this paper, we report the first documented occurrence of hamadryas baboons sleeping in doum palm trees rather than on cliffs. Data derive from a study of hamadryas baboons at the Filoha site in lowland Ethiopia. During all-day follows, data were collected on travel patterns, band activity, and location. Variation in the baboons' home range was characterized using vegetation transects. We discovered that one band in this population, Band 3, occasionally slept in doum palm trees (Hyphaene thebaica). The palm tree sleeping site differed from other palm fragments in the baboons' home range in that it contained a higher density of palm trees. Possible factors influencing this unique use of palm trees as a sleeping site include access to palm fruit, avoiding contact with Afar nomads, avoiding sharing sleeping cliffs with other bands, protection from predators, and the lack of cliffs in a section of the baboons' home range. Evidence from this study suggests that the palm tree sleeping site is used because it affords better protection from predators than other palm fragments in an area of the band's home range that does not contain cliffs.

Escolha de árvore e sítio de dormir e sua influência na rota diária de um grupo de cebus nigritus, no parque estadual Carlos Botelho, SP

“…Muitas espécies apresentam preferências por características de árvore e/ou sítios de dormir (Chapman, 1989;Di Bitetti et al, 2000;Kowalewski & Zunino, 2005;Ruiter, 1986;Spironelo, 2001;Garcia & Braza, 1993;Zhang, 1995a) e até mesmo preferência por uma espécie específica de árvore de dormir (Schreier & Soedell, 2008;Stanford & O'Malley, 2008). Hipóteses adaptativas têm sido sugeridas para explicar essas preferências.…”

“…Hipóteses adaptativas têm sido sugeridas para explicar essas preferências. Vários autores sugerem que primatas selecionam locais para dormir com base em estratégias selecionadas para lidar, por exemplo, com risco de predação (Chapman, 1989;Kowalewski & Zunino, 2005;Ruiter, 1986;Spironelo, 2001;Garcia & Braza, 1993;Schreier & Soedell, 2008), ou para otimizar o forrageamento (Chapman, 1989;Di Bitetti et al, 2000;Schreier & Soedell, 2008;Spironelo, 2001;Zhang 1995a). …”

“…De acordo com a hipótese de que primatas selecionam árvores de dormir de acordo com uma estratégia de evitar risco de predação, espera-se que os animais apresentem preferências por diversas características que, juntas ou isoladas, dificultariam a predação, como árvores altas e emergentes, com troncos lisos e com grande diâmetro, poucas folhas na copa, ausência de galhos baixos, galhos grossos e com rugosidades. Essas características podem dificultar o acesso de predadores à copa (Di Bitetti et al, 2000;Fan & Jiang, 2008;Garcia & Braza, 1993;Liu & Zhao, 2004;Ramarkrishanan & Coss, 2001;Rasoloharijaona et al, 2008;Schreier & Soedell, 2008;Wahungu, 2001), assim como possibilitar que os membros do grupo de primatas se disponham próximos um dos outros (Radespiel et al, 1998). A escolha de palmeiras, ainda que sejam árvores com características distintas das listas acima, também pode estar associada à proteção contra predação, ao permitir que os indivíduos se disponham nas suas bainhas, local de difícil acesso aos predadores (Di Bitetti, 2000;Schreier & Soedell, 2008).…”

“…Ainda em função do risco predação, certos primatas podem levar em conta características do relevo para a escolha do sítio de dormir, selecionando dormidas em encostas (Liu & Zhao, 2004;Schreier & Soedell, 2008) e em encostas íngremes (Fan & Jiang, 2008). A localização de dormidas próximas às margens de rios também pode diminuir o risco de predação, se os galhos de árvores de ambas as margens forem próximos, permitindo a fuga dos primatas e impedindo a travessia de grandes predadores terrestres cujo peso não fosse suportado pelos galhos (Ramarkrishanan & Coss, 2001;Matsuda et al, 2008).…”

“…Se os animais se comportam minimizando os custos de deslocamento, o grupo deveria concentrar o forrageamento nas fontes de frutos/flores próximas aos sítios de dormida pela manhã ou próximo à hora de parar para dormir (Schreier & Soedell, 2008 É importante ressaltar novamente que as hipóteses para seleção de árvores e sítios de dormir não são mutuamente exclusivas, portanto mais do que uma pode contribuir para o padrão de escolha de árvores e sítios de dormir. Assim, os padrões de escolha de sítios de dormir são reflexo: 1) da estratégia de exploração de área de uso, 2) da estratégia anti-predatória e 3) otimização do tempo de forrageamento.…”