O Teste Alcance Funcional avalia o limite de estabilidade, isto é, o quanto o indivíduo pode se movimentar sem alterar sua base de sustentação. Objetivo: Avaliar idosos pelo Teste Alcance Funcional (AF) e verificar os fatores associados ao seu desempenho. Métodos: Pesquisa observacional de corte transversal com análise secundária de dados coletados em estudo prévio. Amostra de idosos da comunidade (≥ 65 anos), de Unidade de Saúde da Família, de ambos os sexos e com deambulação independente. Foram coletadas do banco as informações sociodemográficas, antropométricas, clínicas e de equilíbrio corporal (AF, Time Up and Go-TUG e Escala de Equilíbrio de Berg). O AF foi mensurado em uma única tentativa pelo deslocamento anterior do idoso, sendo classificado de forma numérica (cm) e categórica pela Berg. Foi realizada estatística descritiva e inferencial (testes de correlação e associação) Resultados: Foram avaliados 96 idosos com média de 74,8 anos, AF de 22,5±7,2 cm e 49% conseguiram alcançar à frente mais que 25 cm. Houve correlação entre o AF e variáveis sociodemográficas (idade), antropométricas (altura, peso e comprimento do pé), clínicas (força de preensão palmar e dor) e de equilíbrio (TUG e Berg). Idosos com faixa etária mais avançada, com doença endócrina, baixa acuidade visual, sedentários, com histórico de quedas, com queixas de dor e tontura apresentaram estatisticamente pior desempenho no AF. Conclusão: Idosos de Unidade de Saúde da Família apresentam AF levemente reduzido em relação à normalidade. Alguns fatores estão associados ao desempenho no AF e devem ser considerados na interpretação de seus resultados.