A perspectiva dialógica sobre a terapia familiar nos convida a ver outro ângulo que a prática terapêutica pode assumir, especialmente ao considerarmos a participação do terapeuta no processo de mudanças. Neste artigo, cujo método adotado foi a revisão bibliográfica narrativa, de cunho exploratório e abordagem qualitativa, buscamos percorrer brevemente sobre a literatura científica de autores que discorreram sobre alguns dos principais conceitos que inspiram a abordagem dialógica, contribuindo para refletirmos mais diligentemente sobre as mudanças de posições que tomamos quando nos dirigimos à complexidade do encontro terapêutico com famílias/casais. Ainda havendo muito a se investigar sobre conceitos dialógicos neste contexto, há terapeutas de família que têm se dedicado a analisar aspectos dialógicos na respectiva área de atuação, propondo o registro posterior da conversação interna do terapeuta para ampliar o entendimento da experiência terapêutica e fomentar a pesquisa em psicoterapia familiar em uma abordagem dialógica. Concluímos que esta perspectiva, influenciada pelo desconstrutivo pensamento pós-moderno, ajuda a ampliar alguns dos conceitos mais presentes na atual geração da terapia familiar, tornando-os menos idealizados na prática clínica e, portanto, mais úteis ao nosso entendimento sobre a complexidade do trabalho com famílias/casais.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632019v28n63a01