RESUMO Objetivo Identificar preditores de óbito na Unidade de Terapia Intensiva e relacionar pacientes elegíveis para cuidados paliativos preferenciais. Método Coorte prospectivo que avaliou pacientes internados por mais de 24 horas, subdivididos em G1 (pacientes que morreram) e G2 (pacientes com alta hospitalar). Para a identificação dos fatores preditores para o desfecho óbito, foi feita ao médico intensivista a “pergunta-surpresa” e foram coletados dados clínico-demográficos dos pacientes. Os dados foram analisados por estatística descritiva/inferencial (significante p<0,05). Resultados Foram avaliados 170 pacientes. A resposta negativa à “pergunta-surpresa” foi relacionada ao desfecho óbito. Houve maior possibilidade de óbito (p<0,05) entre os pacientes mais velhos, mais frágeis, com menor funcionalidade, com insuficiências cardíaca e/ou renal crônicas ou insulto neurológico agudo não traumático, com falência multiorgânica por mais de 5 dias, internados por mais tempo. Conclusão Preditores de óbito foram relacionados à avaliação subjetiva do médico, à condição clínica do paciente, às doenças de base, à gravidade da doença aguda e à evolução da doença crítica. Sugere-se que pacientes com dois ou mais critérios preditores recebam cuidados paliativos preferenciais.