Atualmente, com a notoriedade de padrões de beleza específicos, existe a pressão exercida pela sociedade para segui-los. Os acadêmicos de nutrição são um grupo populacional que sofre com essa pressão, que pode influenciar o comportamento alimentar. O objetivo deste estudo é verificar a relação entre os sintomas de transtornos alimentares e a percepção da imagem corporal em estudantes de Nutrição, segundo características individuais. Estudo quantitativo com delineamento transversal, com aplicação de questionário online, utilizando o Eating Attitudes Test-26 (EAT-26), a Escala da Silhueta Brasileira e o questionário socioeconômico. Estatísticas descritivas e analíticas foram realizadas para verificar possíveis associações com os desfechos. Participaram do estudo 72 alunos do curso de nutrição, com média de idade de 23,4±3,8 anos, sendo que 58,3% pertencem à classe econômica média. De acordo com o EAT-26, 34,7% dos alunos apresentaram indícios de comportamento alimentar de risco para transtornos alimentares. A Escala da Silhueta Brasileira revelou que 79,2% apresentam distorção corporal. Verificou-se que o estrato socioeconômico está relacionado à sintomatologia do desenvolvimento de transtornos alimentares e insatisfação e distorção do tamanho corporal (p<0,05). O coeficiente de correlação de Pearson para o IMC aponta para uma correlação entre o aumento do IMC e o aumento da possibilidade de sintomatologia de transtornos alimentares. Com base nos dados apresentados, destaca-se a importância da realização de novos estudos sobre o tema, uma vez que os resultados conflitam com a literatura.