A diminuição dos rebordos alveolares é uma condição progressiva de origem multifatorial e irreversível que afeta muitas pessoas. é imprescindível para o sucesso reabilitador com implantes um correto planejamento com uma técnica cirúrgica adequada para cada caso. A presente revisão sistemática avaliou se a realização de técnica cirúrgica com enxerto ósseo influencia a sobrevida de implantes instalados em maxilas atróficas. A revisão sistemática da literatura foi desenvolvida seguindo as diretrizes dos do preferrend reporting items for systematic reviews and metaanalyses PRISMA, com modificações e a pergunta de pesquisa foi elaborada de acordo a estratégia “picos”: população, intervenção, comparação, resultado e tipos de estudos.
Entre os anos de 2017 e 2022, identificou-se nas bases de dados Medline via Pubmed, BBO e Scielo um total de 315 resumos nas línguas portuguesa e inglesa. Após processo seletivo e avaliação 11 artigos completos (estudos primários) – ensaios clínicos randomizados e relato de caso clínico – foram selecionados, comparados e a extração de dados realizada por dois revisores independentes. Dentre as técnicas cirúrgicas aplicadas para ganhar altura óssea na reabilitação com implantes em maxilas atróficas (moderada a severa) 39% dos estudos optaram por aplicar uma técnica cirúrgica com enxerto ósseo e 61% sem enxerto ósseo. Ambas as técnicas se associaram a uma taxa de sobrevida dos implantes de 90 a 100% tendo com pouca ou nenhuma complicação pós-cirúrgica. Conclui-se que a ocorrência de falhas é pequena e que o uso de enxertos ósseos não tende a aumentar a sobrevida dos implantes.