Apesar do repolho ser uma das principais hortaliças no Brasil, a produção de mudas desta cultura é feita de forma empírica pelos produtores, visto que não há relatos na literatura de quando iniciar e como manejar a fertirrigação nas mudas. Diante disto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do manejo da fertirrigação no desenvolvimento de mudas de repolho, afim de se determinar a melhor época de início do fornecimento e intervalo de aplicação dos nutrientes. O trabalho foi composto por dois experimentos conduzidos em delineamento de blocos casualizados, com seis repetições cada. O primeiro foi composto por seis tratamentos, sendo eles seis épocas de início da fertirrigação (0, 3, 6, 9, 12 e 15 dias após a emergência). O segundo experimento constituiu-se de cinco tratamentos, sendo cinco frequências de aplicação da fertirrigação (a cada 3, 4, 5, 6 e 7 dias após a primeira aplicação). Foram avaliadas características biométricas, fisiológicas e nutricionais das mudas no ponto de transplante. Houve efeito significativo das épocas de início da fertirrigação sobre as variáveis número de folhas, massa seca da parte aérea, massa seca das raízes, área foliar e acúmulo de todos os macronutrientes. Os melhores resultados concentraram-se com início da fertirrigação de 0 a 6 dias após a emergência. Os intervalos de aplicação influenciaram significativamente apenas os acúmulos de Ca e S. Conclui-se que, na produção de mudas de repolho a fertirrigação deve ser iniciada aos três dias após a emergência, adotando-se intervalo de aplicação de quatro dias.