Introdução: Os cuidados paliativos em pediatria são importantes quando disponibilizados precocemente, preservando a vida, a autonomia do paciente e familiares, tratando crianças que passam por uma situação de doença avançada, progressiva ou crônica. A atuação da terapia ocupacional em cuidados paliativos, contribui na busca de manutenção do sentido da vida, possibilitando vivências prazerosas através do brincar, da autonomia, construindo o cotidiano. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas pela residente e terapeuta ocupacional acerca do cuidado com uma criança de 9 anos com o diagnóstico de atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1, em um hospital de clínicas do estado de Minas Gerais, Brasil. Método: Trata-se de um relato de caso, elaborado mediante atendimentos terapêuticos ocupacionais no contexto hospitalar com uma criança do sexo feminino. Resultados e discussão: Durante o processo de intervenção buscou-se a criação de vínculo terapêutico com a criança e seus cuidadores, foi realizada a introdução de imagens para composição de prancha de comunicação e atendimentos terapêuticos ocupacionais através do protocolo de estimulação sensorial. Através da comunicação alternativa aumentativa (CAA) e brincar no leito, a criança interagia por meio de olhares, emissão de sons e discretas movimentações em membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII). Considerações finais: Ficou evidente a importância do papel do terapeuta ocupacional na melhora da qualidade de vida da criança, favorecendo sua autonomia, especialmente através da utilização de práticas voltadas para os cuidados paliativos, para a comunicação alternativa aumentativa e a estimulação sensorial.