Desde 1934 com as “Florestas Protetoras” até 2012 com as “Áreas de Preservação Permanente” o Código Florestal Brasileiro prevê a criação de áreas destinadas à preservação dos recursos naturais. Atualmente, o SIG (Sistema de Informações Geográficas) associado a produtos de sensoriamento remoto se apresentam como ferramentas auxiliares na delimitação de APPs, pois possuem baixo custo e otimizam o tempo necessário a identificação e delimitação das mesmas. O trabalho empregou técnicas de Sensoriamento Remoto, fotointerpretação e SIG para identificar e quantificar as nascentes existentes nas Bacias Hidrográficas dos Rios Forquilha e Mirim, localizadas no Sudoeste do Paraná, além de delimitar suas Áreas de Preservação Permanente e das margens de rios de primeira ordem, utilizando imagens de satélite disponibilizadas pelo Google no software QGIS versão 2.16, via ferramenta Open Layers Plugin. Para tanto, foi empregada chave de classificação construída a partir de conhecimentos prévios de campo, com alguns elementos visíveis na imagem que pudessem indicar a presença de nascentes dentro da área das bacias hidrográficas, o que possibilitou definir as áreas de APP de acordo com a Lei Florestal brasileira vigente. A análise resultou na delimitação de 4,76 km² de APPs de nascentes e 18,31 km² de margens de rios, com acurácia de 50,65% para a Bacia do Rio Forquilha, e 2,06 km² de nascentes, 7,69 km² de margens de rios, com acurácia de 64,63% para a Bacia do Rio Mirim. Promovendo um acréscimo (comissão) dentro do total mencionado anteriormente, de Área de Preservação Permanente de nascente de 2,13 km² (44,74%) e 7,44 (0,63%) de margens de rios para a Bacia do Rio Forquilha e 0,70km² (33,98%) e 2,23 km² (29%) para a Bacia do Rio Mirim.