Uso De Medicamentos Com Ação Anti-Infecciosa via Sonda Gastroenteral: Recomendações Para a Enfermagem

Abstract

Objetivo: apresentar recomendações específicas no preparo e administração de medicações anti-infecciosas via sonda gastroenteral no Serviço de Pronto Atendimento de um Hospital Universitário no Sul do Brasil. Método: estudo quali-quantitativo, descritivo-exploratório e de corte transversal, realizado entre abril e outubro de 2015. Quantitativamente utilizou-se a estatística descritiva e qualitativamente uma revisão não sistemática da literatura, em publicações nacionais e internacionais, a partir da combinação das palavras chave: perfil e medicações via sonda. Resultados: entre 568 prescrições analisadas, houve 143 medicamentos diferentes prescritos, com prevalência da classe de anti-infecciosos (25,9%) e predominância das apresentações sólidas; contudo, 83,3% dos medicamentos apresentavam alguma restrição de uso via sonda mesmo havendo opções de substituição disponíveis, demonstrando necessidade de protocolo assistencial. Considerações finais: entre a maioria das medicações sólidas prescritas via sonda gastroenteral, havia opções de substituição disponíveis, sendo necessária sua substituição por outras apresentações e o seguimento de recomendações específicas pela equipe de enfermagem/saúde.

Aprendizagem significativa para desenvolvimento dos sistemas locais de saúde: a experiência da inovação-formação em serviço do Espírito Santo

“…E, transcendendo a área específica da Farmácia, a residente conseguiu perceber a necessidade de intervenções gerais que auxiliassem a equipe de Enfermagem, responsável pelo preparo e administração dos medicamentos. Embora a via oral seja a via de administração de medicamentos mais confortável e segura para o paciente com menor custo comparada às demais, e por isso, a mais comumente utilizada, muitos pacientes em cuidados paliativos podem apresentar comprometimento dessa via ou dificuldade em deglutir, e a sonda gastroenteral acaba se tornando uma alternativa para a administração de medicamentos (MOREIRA et al, 2018). Portanto, a maioria dos medicamentos não é formulada para administração por meio de sonda, sendo as maiores preocupações relacionadas à administração de medicamentos por essa via as obstruções do cateter e as incompatibilidades entre nutrientes e fármacos, que podem alterar a efetividade do medicamento, além de haver risco de reações adversas que interferem diretamente na farmacoterapia do medicamento (JAMAL;DUMKE, 2012apud NETO, 2005.…”

“…Portanto, a maioria dos medicamentos não é formulada para administração por meio de sonda, sendo as maiores preocupações relacionadas à administração de medicamentos por essa via as obstruções do cateter e as incompatibilidades entre nutrientes e fármacos, que podem alterar a efetividade do medicamento, além de haver risco de reações adversas que interferem diretamente na farmacoterapia do medicamento (JAMAL;DUMKE, 2012apud NETO, 2005. Uma vez que a equipe de enfermagem é responsável pelo preparo e administração dos medicamentos, os profissionais devem estar aptos para avaliar a forma farmacêutica a ser manipulada, considerando a localização da sonda e a possibilidade de interação da nutrição entérica com o fármaco, além do risco de obstrução da sonda, ligada diretamente aos erros na administração de medicamentos, em consequência de não haver irrigação correta da sonda após a medicação por essa via, que caso ocorra pode demandar a desobstrução, que gera desconforto para o paciente e aumento da carga de trabalho para a equipe de enfermagem (MOREIRA et al, 2018).…”