Uso De Medicamentos Entre Gestantes De Um Município No Sul De Minas Gerais, Brasil

Abstract

This cross-sectional study identified, through home interviews, the pharmacotherapeutic profile of pregnant women attended at the Unified Health System (SUS) during the prenatal care. The drugs were classified according to the Food and Drug Administration (FDA) pregnancy risk categories. From the 104 respondents, 94.2% reported to use at least one drug during pregnancy, and were identified 53 different drugs, totalizing 316. The frequency of drugs from category A (n = 115, 36.4%) was closely related to B (n = 121, 38.3%) and 3 times higher than C (n = 36, 11.4%) and 4 than D (n = 29, 9.2%). 22.1% (CI(95%) 14.4 -29.8) of the respondents used drugs from category D and 1.9% from X. There was a significant association between gestational age and drug use, so that 61.7% of the drugs were consumed in the third trimester of gestation, and 56.7% of the respondents consumed drugs at this period. The most commonly consumed therapeutic classes were vitamins/supplements/antianemics (35.33% from the 316; consumed by 72.97% of the interviewed), painkillers (14.6%; 44%), and antimicrobials (10.1%; 19.2%). The most frequently consumed drugs were folic acid (17.72% CI(95%) 13.67 -22.39), ferrous sulfate (15.82% CI(95%) 11.98 -20.32%), and paracetamol (12.97% CI(95%) 9. 47 -17.19). From the 104 respondents, 22% related smoking before pregnancy and 12.5% did not interrupt the habit during pregnancy, whereas 21 pregnant women related alcohol consumption before pregnancy and, 4 them, did interrupt the consumption during the gestational period. Therefore, this study reported a great number of prescribed drugs to pregnant women, from all FDA pregnancy risk categories, including an outstanding use of drugs with a high teratogenic potential (D and X categories), and a considerable proportion of pregnant women using more than one drug. The control and supervision during the use of drugs at the prenatal care must be taken into account, since the use of certain drugs during gestational period may lead to teratogenic damage and/or complications that cause abort and impair the pregnant woman's health. RESUMONeste estudo transversal, por meio de entrevistas domiciliares, foi mostrado o perfil farmacoterapêutico de gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante o pré-natal, sendo que os medicamentos utilizados foram classificados segundo critérios de risco do Food and Drug Administration (FDA). Entre as 104 gestantes entrevistadas, 94,2% utilizavam medicamento e foram identificadas 53 especialidades farmacêuticas no total de 316 medicamentos (média de 3 medicamentos por gestante). A frequência de medicamentos do grupo A (n = 115, 36,4%) foi próxima ao B (n = 121, 38,3%), 3 vezes maior que o C (n = 36, 11,4%) e 4 que o D (n = 29, 9,2%). 22,1% (IC(95%) 14,4 -29,8) das entrevistadas utilizavam medicações da classe D e 1,9% da X. Houve uma positiva e significativa correlação entre a

Utilização de medicamentos na gravidez: Riscos e benefícios

“…Condições que podem influenciar diretamente ou indiretamente nos resultados obtidos nas consultas de pré-natal. possuem uma escolaridade mais elevada, pois há uma maior procura do cuidado da saúde, através dos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como um maior acesso aos medicamentos (BORGES et al, 2017).…”

Malformações congênitas mediadas pelos efeitos adversos das substâncias teratogênicas químicas

“…Como nos estudos de: Aguiar et al (2020), no município de Capistrano, Ceará, com 50 gestantes, 19 (38%) das mulheres não receberam orientações sobre o uso de medicamentos guiadas por um profissional de saúde. Ademais, o estudo forneceu dados das gestantes que não tinham o real conhecimento do risco teratogênico dos medicamentos, que se totalizou em 24 (48%); Borges et al (2018), em um município no sul de Minas Gerais, com 404 gestantes, onde 94,2% afirmaram usar medicamentos prescritos ou orientados por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e farmacêuticos). Quanto a seus riscos, a frequência no grupo C segundo a FDA foi de 36 medicamentos (11,4%) e 29 na D (9,2%).…”

“…Apesar dos erros que envolvem profissionais de saúde, o contexto da alfabetização entre as gestantes também se aplica a falta de acesso a informações, mesmo que básicas, sobre si mesmas e sobre o feto. Por essa razão fez-se necessário os estudos que implicaram no levantamento de dados voltadas para a alfabetização, sendo os mais relevantes: Kassada et al (2014), estudo realizado em Maringá-Paraná, com 25 mulheres usuárias de drogas que obteve 76% do total com até sete anos de estudo, sendo que estas apresentavam atraso da escolaridade de acordo com a idade; Moreira et al (2001), na Maternidade pública de Salvador, Bahia, com mães de 800 nativivos que teve como resultado 61,1% das mães com o 1º grau incompleto ou analfabetismo; outros estudos também mostraram níveis de escolaridades baixos (Opaleye et al, 2010;Melo Jorge et al, 2014;Kassada et al, 2013;Moraes & Reichenheim, 2007;Oppermann et al, 2011;Souza et al, 2012;Kroeff et al, 2004;Possato et al, 2007;Guerra et al, 2008;Borges et al, 2018;Pinheiro et al, 2013).…”

Atenção à saúde da gestante: preditores sociodemográficos e obstétricos

“…Entretanto, é observado que grande parte das fumantes possui baixos índices socioeconômicos, o que demonstra a importância do apoio social e psicológico de gestantes em situação de vulnerabilidade 11 . Da mesma maneira, sabe-se que grande parte dos fármacos administrados durante a gestação pode atravessar a barreira placentária, expondo o embrião em desenvolvimento a seus efeitos 19 .…”