Os distúrbios musculoesqueléticos são considerados uma das principais causas de afastamento de trabalho no Brasil, tendo grande influência na qualidade de vida, economia e sociedade na qual este indivíduo está inserido, as lesões e distúrbios osteomusculares relacionados à dança tem sido alvo de muitos estudos, porém a literatura apresenta-se escassa no que diz respeito a dança tradicional gaúcha, desta forma o presente trabalho teve por objetivo analisar o padrão de disfunções musculoesqueléticas em dançarinos adultos de dança tradicional gaúcha da 18ª região tradicionalista e o impacto da pandemia, contando com a participação de 6 cidades, 12 invernadas e 79 dançarinos, sendo 7 excluídos, 2 por não ocuparem a região e 5 por serem menores de idade, ficando com 72 sujeitos. O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, com estrutura qualitativa de levantamento de dados aplicada em população específica, por meio de questionário online com questões sociodemográficas e referentes ao QNSO adaptado, que contabilizou os dados de 69,4% (N=50) sujeitos, que definiam seus distúrbios osteomusculares somente a dança. Os locais mais afetados foram em membros inferiores, dando ênfase a joelho, tornozelo e pés, além da coluna lombar e coluna dorsal, sendo as regiões de maior impacto. Os hábitos relacionados ao aparecimento dos distúrbios são: falta de aquecimento/alongamento, despreparo físico, movimentação repetitiva, grande tolerância a dor e grande carga horária de ensaios em períodos pré apresentações, as queixas diminuíram durante a pandemia, o que pode ser explicado pelo repouso das áreas afetadas e períodos de descanso mais prolongados obteve-se uma queda da sintomatologia dolorosa desta população. Desta forma sugere-se que sejam realizadas novas pesquisas para melhor entendimento deste público, gerando maior embasamento para possíveis intervenções preventivas.