O osso é um tecido mineralizado e vascularizado que serve de suporte e sustentação, quando lesado, possui uma capacidade de reparo e regeneração única, mas se tratando de uma lesão extensa esse tecido não consegue se regenerar por completo. Na área odontológica, a perda óssea seja por traumas, extrações dentárias, infecções e deformidades iatrogênicas ou congênitas, traz como consequência a impossibilidade de reabilitação devido alterações na reabsorção e na formação óssea, causando deficiência nos alvéolos e defeitos na altura e na espessura dos processos maxilomandibulares, dificultando a adaptação com prótese e a instalação de implantes. Os enxertos ósseos são descritos na literatura como uma boa alternativa para restabelecimento da função e estética do paciente, podendo ser de origem sintética, natural ou combinações destes. Os enxertos apresentam características biológicas específicas, vantagens e desvantagens, podendo ser classificados em: autógeno, retirado e transplantado no próprio paciente, apresentando áreas doadoras intra e extrabucais, homógeno retirado de outra pessoa da mesma espécie, heterógeno obtido de espécie diferente e aloplásticos que é produzido em laboratórios. O objetivo deste trabalho é apresentar os principais tipos de enxertos ósseos aplicados atualmente na odontologia para reconstruções maxilomandibulares. O trabalho foi elaborado por meio de uma revisão de literatura narrativa, com abordagem qualitativa e foram utilizados artigos publicados no período de 2014 até 2022, utilizando bases de dados obtidos das bibliotecas virtuais Google Acadêmico, Scielo e PubMed. Ao optar pelo uso de enxertos, é crucial levar em consideração todas essas características biológicas, vantagens, desvantagens e limitações. Cada situação deve ser analisada de forma individual, levando em conta a extensão da lesão e as necessidades de cada paciente. Um planejamento meticuloso e a colaboração interdisciplinar entre cirurgiões dentistas e outros profissionais de saúde são essenciais para obter resultados satisfatórios e reduzir ao mínimo as complicações.