Objetivo: Descrever a utilização de plantas medicinais por pacientes hipertensos e/ou diabéticos atendidos em unidades de atenção primária à saúde e em um ambulatório especializado. Métodos: Pesquisa quantitativa, descritiva, exploratória e transversal, realizada em 16 Unidades de Atenção Primária à Saúde da Regional VI e em um ambulatório especializado do Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza, Ceará, Brasil, de abril de 2014 a janeiro de 2015, com 122 participantes. Realizou-se uma entrevista, na qual foi aplicado um formulário composto por 41 perguntas, distribuídas em três partes: dados sociodemográficos; dados sobre a patologia, tratamento e adesão medicamentosa convencional; e dados sobre uso de plantas medicinais. A análise descritiva e inferencial dos dados partiu do programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Resultados: Dos 122 participantes, 66 (54,09%) eram do nível terciário de atenção, 50,82% eram maiores de 60 anos (n=62), 70,49% eram mulheres (n=86), 31,97% apresentavam ensino fundamental incompleto (n= 39), 45,08% eram aposentados/pensionistas (n=55), 55,74% viviam com companheiro (n=68) e 32,79% eram hipertensos/diabéticos (n=40). Verificou-se associação significativa entre uso de plantas e nível de atenção (p=0,0001), escolaridade (p=0,021) e patologia de base (p=0,0001). Conclusão: O uso de plantas medicinais se faz presente na população pesquisada e a elevada prevalência da utilização requer mais estudos acerca dos benefícios e malefícios dessa prática, bem como a capacitação dos profissionais envolvidos, com consequente segurança, eficácia e consumo racional pelos pacientes.