Resumo Objetivou-se com este estudo comparar a quantificação do “flare” do aquoso por fotometria à laser e a quantificação clínica subjetiva do “flare” do aquoso após facoemulsificação pela técnica V-Prechop de nucleodissecção, em cães. Foram utilizados 43 cães de diferentes raças, machos e fêmeas, com idades entre 3 e 10 anos, portadores de catarata madura (G1, n=22) e imatura (G2, n=21). Após a cirurgia, os pacientes foram avaliados semanalmente para quantificação do flare por fotometria laser em diferentes períodos, e para observação clínica do flare por biomicroscopia de lâmpada de fenda, nos mesmos períodos. A exacerbação clínica da inflamação intraocular foi mais evidente nos pacientes do G2 quando comparados com os do G1. Com o tempo regrediu na maioria deles, persistindo em grau leve em três animais ao final do período de observação. A análise estatística demonstrou diferenças entre os grupos estudados no pós-operatório imediato e após 30 dias de observação. A avaliação quantitativa do “flare” do aquoso (em ph/ms) na fotometria à laser mostrou-se maior nos olhos operados de ambos os grupos (G1 e G2). No entanto, houve diferença significativa no pós-operatório imediato e aos 45 e 30 dias no G1 e G2, respectivamente. Ao comparar os olhos operados de cada grupo, observou-se diferença significativa no pré-operatório e 60 dias de pós-operatório; os valores médios foram sempre maiores nos pacientes do G2 (G1-pré-operatório = 25,5 ± 11,4 ph/ms e G2-pré-operatório = 45,7 ± 17,7 ph/ms; G1-60d = 23,4 ± 8,9 ph/ms e G2-60d = 39,8 ± 13,4 ph/ms). Em conclusão, pode-se supor que a fotometria de célula a laser e flare apresentou maior acurácia em comparação à avaliação clínica do flare usando escores no pós-operatório na facoemulsificação por nucleodissecção V-Prechop. É possível que os valores quantitativos de flare encontrados sejam semelhantes utilizando outras técnicas de nucleodissecção em facoemulsificação, utilizando este método não invasivo de avaliação do flare.