Vacinação Contra Poliomielite Em Crianças Na Região Do Rio De Janeiro No Período De 2017 a 2021

Abstract

A poliomielite é uma doença viral contagiosa caracterizada por não possuir um tratamento específico e poder provocar graves sequelas advindas do acometimento de importantes órgãos do corpo. Sua transmissão pode ocorrer tanto pelo contato direto com pessoa infectada pelo vírus, através da via oral-oral, quanto pelo contato com água e fômites contaminados por fezes de doentes, por meio da via fecal-oral. Assim, a vacinação, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, configura-se como a única forma de prevenção e apresenta como público alvo crianças menores de 5 anos, sendo o esquema vacinal composto por três doses injetáveis (VIP) e duas doses orais de reforço (VOP). Diante disso, o presente estudo teve como objetivo analisar a cobertura vacinal contra essa doença, no estado do Rio de Janeiro e no Brasil, no período de 2017 a 2021. Para a realização dessa análise utilizou-se dados disponibilizados na plataforma DataSUS. Foi encontrada uma queda nessa cobertura no ano de 2018 que se seguiu nos próximos anos contemplados na investigação, culminando na menor taxa analisada de 55,81%, no estado do Rio de Janeiro, em 2021. O Programa Nacional de Imunização, fundamental na erradicação desta enfermidade no país, tem presenciado o fenômeno da redução na vacinação. Este quadro, por sua vez, é resultado de diversos fatores, mas a hesitação vacinal se constitui um dos mais relevantes e preocupantes para a gestão em saúde. Como consequência, destaca-se a alta probabilidade do ressurgimento da pólio no Brasil. Nesse sentido, é dever do Estado prover meios para que a situação vacinal no país seja ampliada, garantindo a proteção à vida e à saúde da população.