A enfermagem dispõe do Processo de Enfermagem (PE) para a organização da assistência de enfermagem, que tem como objetivo inserir o método Prática Baseada em Evidências (PBE). O cuidado com os recém-nascidos e crianças hospitalizadas deve ser ainda mais específico, visto que estes apresentam imaturidade do organismo. É dever da equipe e do enfermeiro reconhecer que esses pacientes estão em desenvolvimento e crescimento e garantir que aconteçam da melhor forma possível baseado no cuidado sistematizado. Logo, este estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos enfermeiros e técnicos de enfermagem, da unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica, acerca do processo de enfermagem, sua importância e como acontece a sua aplicação no setor. Tratou-se de um estudo transversal descritivo qualiquantitativo realizado em um Hospital Universitário localizado no interior do Estado de São Paulo. Quanto aos principais resultados verificou-se que 100% dos enfermeiros não souberam dizer quais eram as fases do PE, 67% não souberam diferenciar o PE da SAE, 55% não realizavam a evolução de enfermagem, 67% consideraram o quantitativo de pessoal do setor insuficiente e 33% relataram não realizar o exame físico em todos os plantões. Em relação aos técnicos de enfermagem, 57% relataram não ter estudado sobre o PE no curso, 31% associaram o termo PE com SAE, 69% consideraram que o PE era a prescrição de enfermagem e 33% apontaram falta de tempo para a conclusão das prescrições. Conclui-se, portanto, que é necessária uma discussão, entre a equipe de enfermagem, sobre o PE e quanto aos papéis a serem desenvolvidos por cada membro da equipe. Além disso, verifica-se a importância do PE livre de limitações, logo, torna-se importante repensar sobre o uso da SAE pré-elaborada na prática profissional.