Introdução: a pandemia de COVID-19 desencadeou problemas sociais que, somados à natureza do trabalho dos profissionais de saúde, os tornaram mais vulneráveis a alterações da saúde física e mental, condições que podem determinar escolhas e comportamentos alimentares. Objetivo: realizar um levantamento dos determinantes da saúde e nutrição de um grupo de profissionais da saúde brasileiros e associá-los com as características sociodemográficas da amostra. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de base populacional, observacional, quantitativa, apoiada na aplicação de um questionário estruturado, validado internamente, para execução de um inquérito virtual. Resultados: considerando a frequência absoluta das respostas, as variáveis condição de trabalho e privação de lazer, além de custo e tempo para preparo das refeições foram as mais citadas quanto ao impacto na condição de saúde e na alimentação, respectivamente. Após a aplicação dos testes Exato de Fisher ou do Qui-Quadrado, para um nível de significância de 5%, os fatores falta de tempo e informação, acessibilidade física e preparo das refeições centradas em um integrante da família foram mencionados como possíveis intervenientes na alimentação, bem como condição ambiental e violência, intervenientes na saúde, para diferentes categorias profissionais estudadas. Piores desfechos quanto à variável tempo foram identificados para profissionais com maior titulação e maior renda; e falta de informação para aqueles sem exigência de formação de nível superior na área de saúde. Distinções quanto ao gênero também foram identificadas para os determinantes sociais da saúde citados. Conclusão: a condição socioeconômica, e, em particular, as variáveis citadas, estiveram associadas com escolhas alimentares e de saúde dos profissionais de saúde participantes do estudo, durante o contexto pandêmico.