O estudo verificou se a participação das mulheres na gestão das organizações influencia o desempenho. Realizou-se uma pesquisa descritiva, documental e quantitativa a partir de uma amostra constituída por 228 companhias em 2011, 230 em 2012, 233 em 2013, 240 em 2014, 229 em 2015, 226 em 2016, 223 em 2017. O desempenho foi analisado por meio de quatro medidas. Duas são baseadas na contabilidade: índice de retorno sobre os ativos (ROA) e retorno sobre o patrimônio líquido (ROE); outras duas medidas baseadas no mercado: market-to-book (MTB) e Q de Tobin. Como proxies para a participação das mulheres na gestão, foram utilizadas quatro variáveis: 1) dummy para a existência de mulheres no CA; 2) dummy para a maioria de conselheiras mulheres; 3) percentual de mulheres no CA; 4) dummy para presidente do CA mulher. Os resultados mostraram uma variação no desempenho das empresas. Quanto à participação das mulheres na gestão, destaca-se que o número de empresas que possuíam mulheres aumentou; embora em menos de 4% das empresas as mulheres são a maioria nos conselhos. Identificou-se que o percentual médio de mulheres nos conselhos não ultrapassou 16% e, aproximadamente, 5% das empresas possuíam mulheres no cargo de presidente do conselho. Dentre as quatro variáveis que captavam a participação das mulheres na gestão, apenas a variável que capta a existência de mulheres no conselho foi significativa em relação ao MTB. Portanto, concluiu-se que, na amostra investigada, apenas o MTB é influenciado pela gestão feminina.