Pensar que a degradação do solo ocorre quando o uso agrícola planejado excede a vocação natural é algo que precisa ser resolvido; por isso, se recorre à experiência de pesquisadores localizados em países latino-americanos para realizar uma análise e discussão do tema. Em outros contextos, pensou-se que com a aplicação de práticas rigorosas de conservação dos solos era possível ultrapassar a capacidade de utilização destes terrenos sem risco de degradação e, nesse sentido, o procedimento consistiu na identificação do problema e na proposição de soluções; isso significou seguir as pautas do que era possível fazer, sem dar a mínima atenção às consequências ambientais. O método de pesquisa aplicado neste livro permite contextualizar os problemas comuns nos países latino-americanos derivados do uso de savanas naturais, especificamente nos circuitos da globalização com cultivos que trariam desenvolvimento para a região, sem pensar que esses usos poderiam ser prejudiciais para esse tipo de paisagem. Com todas as experiências dos pesquisadores que participam desse processo, foi possível realizar uma análise comparativa e histórica que permite gerar discussões sobre as abordagens delineadas sob diferentes enfoques e técnicas; de alguma forma todos eles estão orientados para uma busca comum de conhecimento que se materializa na necessidade de se realizar o uso eficiente do solo e da terra. Os autores, implicitamente, propuseram soluções para aquelas atividades que consideraram nocivas ao sistema ambiental e que afetariam o uso futuro destas terras. Ao aproximar os pesquisadores e o objeto de estudo em um espaço geográfico comum como a savana natural descrita nos textos sobre globalização, pode-se considerar um esquema teórico e a contundência de uma afirmação que em alguns casos é questionada: a degradação do a terra pode ser produzida a partir das práticas mínimas de colheita de produtos agrícolas e pode ser ampliada nas práticas de planejamento de desenvolvimento rural desenhadas para os países abordados nesta obra.