Variação da quantidade de leite ofertada e efeitos no desempenho de cabritos lactentes

Magiero, Karen Purper Freitas; Malafaia, Pedro; Pimentel, Viviane Antunes; Tsuruta, Jorge Ossamu Shinohara; Loureiro, Gustavo Silva

doi:10.17523/bia.v72n1p27

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“…A cria e a recria de cabritos de forma tradicional em fazendas leiteiras, demanda alto consumo de leite, em torno de 10 a 12 semanas de aleitamento, tornando a produção onerosa, uma vez que este leite poderia ser comercializado (YALCINTAN et al, 2018). Desta maneira, trabalhos foram desenvolvidos com o intuito de otimizar economicamente os sistemas de produção principalmente nas fases de cria e recria controlando o tempo para desmama (LOUCA;MAVROGENIS;LAWLOR, 1975;RAMOS;MEDEIROS, 2004;ZYGOYIANNIS, 1987), a utilização de substitutos para o leite de cabra (BAÑÓN et al, 2006;BUGTI et al, 2016;COSTA et al, 2010;DE PALO et al, 2015;GALINA et al, 1995), as diferentes quantidades de leite ofertado (MAGIERO et al, 2015), o uso de creep-feeding (BORGES et al, 2013;HTOO et al, 2015) e a comparação entre diferentes sistemas de produção (LIOTTA et al, 2020;PRASAD et al, 2019).…”

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Frequência de aleitamento de cabritos em crescimento: desempenho, estimativa da composição corporal, rendimentos dos cortes e perfil metabólico

Júnior¹

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Objetivou-se avaliar os efeitos da frequência de aleitamento sobre o desempenho, estimativa da composição corporal, rendimento de cortes e perfil metabólico de cabritos na fase de cria e recria. Foram utilizados 30 cabritos Pardos Alpinos Oberhasli com peso corporal de 4,69 ± 0,99 kg. A partir do 11° dia de vida os animais foram distribuídos aleatoriamente em delineamento inteiramente casualizado, em um esquema fatorial 3x2, três frequências de aleitamento e duas fases (cria e recria). Os tratamentos foram diferentes frequências de aleitamento por dia: duas (08:00 e 15:00h); quatro (08:00, 11:00, 14:00 e 17:00h); e ad libitum (24h). A oferta de concentrado e volumoso iniciou aos 60 dias de vida. A fase de recria teve início aos 91 dias e finalizou aos 210±3 dias, quando os cabritos foram abatidos. O leite ofertado foi quantificado diariamente para calcular o consumo de leite e nutrientes. Também foi calculado o consumo de matéria seca e nutrientes da ração em ambas as fases. Os animais foram pesados semanalmente e ao final de cada fase, para ajustar o consumo de leite e calcular o desempenho. Amostras de leite, volumoso, concentrado, sangue e carcaça foram coletados para quantificar suas composições. A ingestão de leite foi maior (P=0,0009) para os animais que receberam ad libitum (2,23 kg.dia -1 ), em comparação com as frequências de 2 e 4 vezes ao dia (1,96 e 1,81 kg.dia -1 ) respectivamente. As ingestões de MS, PB e GB foram diferentes entre as fases (P<0,0001), sendo maior na segunda fase. O consumo de FDN e lignina foram influenciados pela frequência de aleitamento (P<0,05) e fases de criação (P<0,0001), o tratamento 2 vezes teve maior consumo de fibra em relação aos outros tratamentos. No desempenho, o peso final foi afetado pelas fases de criação (P<0,0001), os cabritos obtiveram um maior peso final na fase de recria e o ganho de peso médio diário teve efeito entre as fases (P=0,001), sendo que os animais na fase de cria obtiveram um maior ganho de peso. O IGF-1 teve efeito das fases de criação (P<0,0001), tendo maior concentração na recria. As diferentes frequências de aleitamento proporcionaram desempenho, estimativa da composição corporal, rendimento de cortes e perfil metabólico semelhantes para cabritos em crescimento. Palavras-chave: Caprinos. Crescimento. Nutrição.

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