Amostragens quantitativas de plâncton foram desenvolvidas no sistema estuarino de Itamaracá durante baixa-mares diurnas de fevereiro de 1995 a maio de 1996. Utilizou-se uma rede de plâncton de 300µm de abertura de malha e 60cm de diâmetro de boca. Foram registrados 49 taxa, inclusive 29 taxa de Decapoda. Os taxa mais abundantes foram Copepoda, zoeas de Brachyura, náuplios de Cirripedia, adultos de Lucifer faxoni, Chaetognatha, Appendicularia, ovos de peixe, Gastropoda, e zoeas de Upogebiidae. As zoeas de Brachyura examinadas (N=265) pertenceram ás famílias Ocypodidae, Grapsidae, Xanthidae e Leucosiidae. Larvas do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) e de caranguejos chama-maré (Uca spp.), foram encontrados somente na área estuarina, indicando que não houve exportação de larvas destes grupos do estuário para a plataforma continental. Zoeas de Xanthidae e Grapsidae foram encontradas nas plumas estuarinas e na plataforma, porém em numero inferior. Análise de agrupamento e MDS (escala multidimensional), baseados em dados de abundância, não demonstraram nenhum padrão claro de agrupamento das estações ou dos taxa, indicando a existência de uma comunidade relativamente homogênea. Análise de correlação realizada com dados log10(x+1)- transformados de 19 taxa mostrou 39 correlações significantes entre os grupos. A alta variabilidade geral dos dados, tanto como a ocorrência de correlações positivas entre as abundâncias de muitos grupos na área de Itamaracá provavelmente são o resultado da agregação de macrozooplâncton em áreas de convergência. Palavras chave: Zooplâncton tropical, manguezal; larvas de Curstáceo Decapoda