“…Ainda, dentre as mudanças na apresentação clínica de uma apendicite por variação anatômica, algumas posições podem induzir manifestações tardias de sintomas álgicos abdominais, como ocorre quando o órgão se encontra em posição retrocólica, o que pode atrasar a busca por atendimento e diagnóstico(Nayak et al., 2014). o que pode levar a diagnósticos equivocados, como colecistite ou doenças do trato gastrointestinal devido a sintomatologia semelhante(Cruz et al, 2021).Nesse contexto, em se tratando de posições muito raras, de acordo com Nayak et apêndice fica em um pequeno espaço entre o ceco e a parede abdominal lateral, nesses casos a dor pode estar localizada muito mais lateralmente na parede abdominal do que no ponto de McBurney, além disso há dificuldade durante a realização de uma laparoscopia devido ao espaço insuficiente para adequada visualização do órgão durante o procedimento cirúrgico para remoção(Nayak et al, 2014).Neste relato há evidências que o paciente apresentou a variação do tipo retro mesocólica com orientação ascendente (Figura 2), podendo apresentar diversas sintomatologias ao qual geram confusão diagnóstica(Mistry et al, 2020) isso porque, segundo William Marbury (primeiro a relatar tal posição; 1938), no início da inflamação do órgão o paciente não se queixa de muita dor, o que pode ser considerada uma hipótese para explicar a demora do paciente em procurar atendimento médico. O tempo de sintomatologia álgica relatado nos prontuários médicos foi de três dias até a admissão na unidade hospitalar.…”