Recebido em 5/2/13; aceito em 4/7/13; publicado na web em 9/8/13 VOLATILE ORGANIC COMPOUNDS IN INDUCED PLANT DEFENSE AGAINST HERBIVOROUS INSECTS. The identification and manipulation of chemical compounds involved in vital activities of arthropods have the potential for developing less aggressive pest control strategies. Herbivory induces the emission of volatile organic compounds involved in the recruitment of natural enemies, plantplant interactions and repellency of other herbivores. In this report, we review the main chemical groups of volatile organic compounds and their ecological functions, provide an overview of the signal transduction pathways activated upon herbivory, and review the current state of knowledge for practical applications in pest management. We conclude by proposing perspectives for future research.Keywords: plant chemical defenses; herbivore-induced plant volatile organic compounds; sustainable agriculture.
INTRODUÇÃONas últimas décadas presenciamos uma constante pressão da sociedade para aumentar a sustentabilidade de atividades produtivas, o que requer a criação de inovações e tecnologias menos agressivas ao meio ambiente e à saúde humana. Neste contexto, pesquisadores dedicados ao estudo do controle de pragas agrícolas têm um grande interesse no desenvolvimento de estratégias ecológicas e sustentáveis para programas de manejo integrado de pragas (MIP).Na natureza, as plantas desenvolveram e aperfeiçoaram uma diversidade considerável de mecanismos de defesa contra condições ambientais adversas, tais como o ataque de macro-e microorganismos antagonistas. São exemplos de defesa contra artrópodes herbívoros a produção de metabólitos secundários tóxicos (aleloquímicos), como a nicotina ou furanocumarinas, que podem matar herbívoros generalistas não adaptados, e proteínas de defesa, como inibidores de proteases ou polifenol oxidases, que dificultam a digestão e diminuem a disponibilidade de nutrientes e, consequentemente, o crescimento dos herbívoros.1 Esses mecanismos são considerados defesas diretas, uma vez que afetam diretamente os herbívoros ao impedir que estes se alimentem. Outros tipos de defesa direta das plantas são as barreiras físicas que impedem a entrada de patógenos ou artrópodes nos tecidos, ou seja, a parede celular, suberina, calose e cutícula.2 Além das defesas diretas, a presença de estruturas que oferecem proteção e alimento, tais como domatias e nectários extraflorais promovem a defesa indireta através da atração de parasitoides e predadores que exercem controle biológico sobre os herbívoros.
1As defesas das plantas não são somente expressadas constitutivamente, elas também podem ser induzidas em resposta ao stress abiótico ou biótico, como por exemplo, à herbivoria.3 Estas defesas induzidas oferecem muitas vantagens para a planta, uma vez que reduzem o investimento em mecanismos de defesa, retardam a adaptação e o desenvolvimento de resistência dos herbívoros. 4 No caso das defesas indiretas, a mudança no volume e concentração de açúcares e aminoácidos do néctar extraf...