Resumo Objetivos Identificar os fatores associados à adesão terapêutica ao uso de antiparkinsonianos em idosos com Doença de Parkinson (DP) por meio de uma revisão integrativa da literatura. Método Trata-se de uma revisão integrativa de literatura nos idiomas português, inglês, espanhol, nas bases de dados eletrônicas LILACS, MEDLINE - via PubMed, Web of Science e Scopus, sem restrição quanto ao tempo e desenho de estudo, realizada no período de agosto a setembro de 2021. A seleção dos estudos foi realizada de maneira independente por dois revisores e a validação final por um terceiro revisor. Resultados Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, dos 460 estudos encontrados, foram incluídos cinco estudos que evidenciam taxas moderadas de adesão, variando de 35,3% a 66,8%, e apontam como principais fatores associados à menor adesão à terapia antiparkinsoniana: idade mais avançada, deficit cognitivo, maior comprometimento motor, multimorbidades, alteração nos regimes terapêuticos, depressão, polifarmácia, menor escolaridade, não brancos e sexo masculino. Foram fatores descritos para maior adesão: idade mais jovem, cor branca, sem modificação de regime terapêutico, maior nível de conhecimento sobre a DP, bom controle clínico, educação, ser casado, maior renda e nível de consciência. Conclusões A não adesão à terapêutica antiparkinsoniana é frequente e de dimensão multifatorial, sua compreensão torna-se relevante para subsidiar dados para a comunidade científica, objetivando a criação de políticas públicas e planejamento estratégico em serviços de saúde com o propósito de melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa.