A região da Zona da Mata Mineira apresenta inverno frio e seco, com baixa oferta de pastagem aos animais. O milho (Zea mays L.) é a principal forrageira utilizada na alimentação de animais ruminantes no período da seca na forma de silagem. A utilização do consórcio com leguminosas pode aumentar a produção de matéria seca (MS), proteínabruta (PB), carboidratos solúveis totais (CNF), cinzas (MM) e outros. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e a produção de milho silagem em plantios solteiros ou consorciados com crotalária (Crotalaria juncea cv. IAC KR1), milho com feijão guandu (Cajanus cajan cv. BRS mandarim), milho com feijão de porco (Canavalia ensiformis), milho com mucuna preta (Mucuna pruriens), milho com lab lab (Lablab purpureus cv. Rongai) inoculadas com bactérias diazotróficas. O trabalho foi conduzido na Universidade Federal de Viçosa (UFV), entre agosto de 2021 a abril de 2022. A área de pesquisa recebeu calagem dolomítica e esterco bovino curtido, nas doses de 1,5 e 22 t ha-¹, respectivamente. Os consórcios foram realizados na mesma linha de semeadura do milho. Cada parcela continha 12 m lineares do consórcio. Na fase de meia linha do leite o conjunto, milho e leguminosas, foram cortados, triturados e ensilados. Paralelamente, avaliou-se o desempenho agronômico do milho, como estande de plantas ha-¹, número de espigas plantas-¹, massa de espigas (g), altura de inserção da primeira espiga e de plantas de milho (m), comprimento de espigas, diâmetro de colmo e espigas (cm), número de grãos úmidos espiga-¹, fileiras espiga-¹ e grãos fileira-¹, massa de mil grãos (MMG), matéria fresca (MF), matéria seca (MS) e grãos secos (t ha-¹). Após 60 dias de fermentação, foram realizadas as análises bromatológicas, foram determinados os teores de MS, PB, fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina (LIG), matéria mineral (MM), extrato etéreo (EE) e CNF do milho silagem resultantes dos consórcios. Para mensurar a qualidade do processo de fermentação foi avaliada as perdas por gases, efluentes e MS total. A comparação entre os tratamentos foi realizada pelo teste Tukey, com 5% de probabilidade. Na ausência de inoculação das leguminosas, as plantas de milho apresentaram maior estande, altura total e de inserção da primeira espiga, bem como espigas maiores em comprimento e menor teor de MS dos consórcios. As menores alturas de inserção da primeira espiga foram obtidas no consórcio milho com feijão de porco. Não houve diferenças estatísticas para o rendimento de grãos fileiras-¹, grãos espigas-¹ e MMG. Os consórcios com sementes de leguminosas inoculadas apresentaram ganhos de diâmetro de colmo das plantas de milho, mas somente o feijão de porco diferiu estatisticamente do controle. A composição nutricional do consórcio de milho e leguminosas apresentou ganhos à silagem mista, em destaque o feijão de porco. Os consórcios aumentaram os teores PB, FDN e MM. O feijão guandu aumentou os teores de FDN e FDA e diminuiu o CNF na silagem mista. A inoculação de leguminosas não afeta a qualidade da silagem mista, apesar de diminuir o teor de FDN e aumentar a concentração de MM e CNF da matéria fresca. O uso de leguminosas na produção de milho silagem pode mitigar as perdas no processo de ensilagem. Palavras-chave: Cajanus cajan. Canavalia ensiformis. Consorciação. Crotalaria juncea. Lablab purpureus. Mucuna pruriens. Zea mays L.