Nos últimos anos, para conseguir inovar, as empresas tem se tornado cada vez mais dependentes de conhecimentos e recursos gerados fora das fronteiras organizacionais. Assim, o processo de inovação nas organizações passou a considerar a contribuição de diferentes agentes externos, dentre eles clientes, fornecedores e universidades. Na perspectiva da inovação aberta, segundo Gassman e Enkel (2004), os processos de inovação podem ser categorizados em três tipos: de entrada ou outside-in, de saída ou inside-out, e por fim, o processo acoplado ou coupled process, sendo esses arquétipos caracterizados pela adoção de diferentes atividades. O presente artigo teve como objetivo identificar os processos de inovação aberta adotados pelas design houses brasileiras no desenvolvimento conjunto de projetos de circuitos integrados, para isso, foi utilizado o survey como método de pesquisa, com a realização de análise documental e a aplicação de questionários estruturados com design houses e especialistas da área de microeletrônica. Os dados foram analisados com o auxílio do programa SPSS (versão 21), por meio da utilização de técnicas descritivas e estatísticas, dentre elas a aplicação do teste do qui-quadrado. Os resultados mostraram que as design houses estudadas implementam diversas práticas do paradigma de inovação aberta no desenvolvimento de projetos de circuitos integrados, sendo as práticas referentes ao processo de entrada as mais frequentes, além disso, foi possível observar que não existiam diferenças significativas quando a design house possui ou não fins lucrativos e os processos de inovação aberta adotados.