A prática de policy advocacy implica em dar voz política a uma mensagem ligada à defesa de uma causa, como instrumento de influência da opinião pública e dos tomadores de decisão. O presente artigo visa contribuir para fomentar os estudos sobre a ascensão do fenômeno de policy advocacy na contemporaneidade e suscitar o debate desta temática no âmbito acadêmico nos campos de estudos de Direitos Humanos e Políticas Públicas. Complementarmente poderá corroborar com a discussão da temática entre os tradicionais atores de direitos humanos e políticas públicas no Brasil, pois sabe-se que o desenvolvimento de estudos planejamento de estratégias de policy advocacy é de interesse das organizações nacionais e internacionais do terceiro setor, de grupos de pressão, think tanks, movimentos sociais, mídias tradicionais e sociais e do próprio governo. Face ao exposto, o presente artigo objetivou levantar as divergências conceituais acerca da definição de policy advocacy por intermédio da metodologia de revisão sistemática da literatura e análise de conteúdo, demonstrando a evolução conceitual e seus distintos pontos de vista, de modo a contribuir para a construção de um conceito adequado para a literatura nacional, contemplando a característica interdisciplinar dos campos de estudos de Direitos Humanos e Políticas Públicas. A partir de uma revisão sistemática da literatura constatou-se que no Brasil, ainda são recentes as pesquisas sobre policy advocacy e, a princípio, a maioria dos estudos concernentes a esta temática apresentam ênfase nos modelos de análise e na caracterização dos processos de negociação das políticas setoriais específicas, estando o termo policy advocacy fortemente associado às terminologias de Advocacy Coalition Framework (ACF), Advocacy e Media Advocacy.