O sistema de irrigação por Pivô central é o mais utilizado em Goiás, especialmente pelas características de produção da região, que contam com grandes áreas cultivadas, principalmente por culturas anuais, declividade suave e uniforme, alto grau de tecnificação e mecanização das propriedades e disponibilidade de água. Apesar do potencial de expansão da área irrigada em até 10 vezes, alguns são os entraves que dificultam esse crescimento, um deles é a baixa disponibilidade de energia elétrica. Uma das formas de solucionar esse problema é a utilização de energia fotovoltaica, já que a insolação média total anual no estado ultrapassa duas mil horas. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a viabilidade econômica do uso de energia fotovoltaica em pivô central no estado de Goiás. Para isso, realizou-se uma simulação considerando uma área irrigada de 76,20 ha por pivô central (área média no Estado), em cultivo sucessivo de soja, milho e tomate industrial. Os custos de produção foram calculados utilizando a planilha Amazonsaf para um projeto de 25 anos (vida útil do sistema fotovoltaico) e taxa mínima de atratividade de 7,0%. Foram inseridos os coeficientes técnicos de produção, obtidos na FAEG, e calculados os indicadores financeiros: valor presente líquido (VPL); lucro médio (LMd); taxa interna de retorno (TIR); relação benefício custo (B/C) e payback. Os resultados mostraram que há viabilidade econômica do empreendimento independente da fonte de energia utilizada, elétrica tradicional ou solar fotovoltaica. O VPL foi de R$2.339,66ha-1.ano-1 e R$1.644,50ha-1.ano-1, LMd de R$5.925,47ha-1.ano-1 e R$5.743,61ha-1.ano-1, TIR de 60,31% e 33,85%, B/C de 1,37 e 1,24, e payback de 4,7 e 7,4 anos para energia elétrica tradicional e fotovoltaica, respectivamente. Observa-se que, para o sistema operado com energia fotovoltaica, há um aumento no custo de produção de 9,98%, em relação ao sistema operado por energia elétrica tradicional, e a lucratividade reduz na ordem de 3,07%.