Resumo: O artigo trata de pesquisa descritiva e qualitativa que objetivou avaliar a estrutura organizacional das vigilâncias sanitárias de 11 municípios que estão inseridos na décima região de saúde do Estado de Pernambuco, Brasil. Constituíram-se como os principais interlocutores do estudo, 11 coordenadores de saúde. Utilizou-se a técnica de entrevista baseada em roteiro semiestruturado. Os dados analisados foram obtidos através da técnica "análise de enunciação", em que a comunicação foi interpretada como um processo, respeitando a lógica do discurso. Os resultados apontaram fragilidade dos serviços municipais de vigilância sanitária diante do processo de descentralização de ações, não conseguindo responder, em sua totalidade, às demandas oriundas do território. Entre os problemas, destacam-se a insuficiência de recursos humanos; inexistência de uma política de educação permanente; dificuldades nas relações interpessoais entre gestores; insuficiência de recursos financeiros; a falta de espaço físico adequado, veículos próprios, instrumentos tecnológicos; dificuldades em desenvolverem ações intersetoriais e no planejamento de instrumentos de gestão. Reconhecese a necessidade de maior engajamento entre gestores e trabalhadores na busca pela reestruturação de suas ações e práticas cotidianas, com vistas ao funcionamento de forma descentralizada, prezando pela eficiência de seus serviços. Palavras-chave: vigilância sanitária; descentralização; gestão em saúde; estrutura dos serviços.