“…Esses discursos, postulados por médicos, higienistas, sanitaristas, arquitetos e professores, promoviam estratégias de aproximação e aproveitamento da natureza, como a criação de parques e jardins urbanos(SEGAWA, 1996;MOTA, 2012), clubes e associações esportivas, novos e amplos espaços escolares (SOARES E ROCHA, 2020). Ainda, desenvolveu-se a partir desse ideário uma cultura de viagens de férias(ASSUNÇÃO, 2012;MARRICHI, 2015;MEDEIROS, 2016;SANTOS FILHO, 2008) e do veraneio em cidades onde a natureza era auxiliar das curas e regenerações, como as estâncias hidrominerais e aquelas do litoral(MARRICHI, 2009; MEDEIROS E SOARES, 2017;SCHOSSLER, 2013).A própria relação com o tempo era considerada nessa comparação. O tempo da cidade era aquele mecânico, do trabalho, das pausas pré-definidas; ao contrário, o tempo da natureza era o cíclico, marcado pelo dia e a noite, pelas estações do ano.…”