Violence and Human Capital Investments

Padrões de Concentração Espacial de Roubos de Automóveis em Municípios da Grande João Pessoa a Partir de Técnicas de Aprendizado de Máquinas

“…Apesar das críticas sofridas, sobretudo por parte dos adeptos das correntes sociológicas, a teoria da Escolha Racional tem sido testada e adotada extensivamente em trabalhos empíricos (Grogger, 1991;Almeida, Haddad, & Hewings, 2005;Soares, 2015;Shikida, 2016;Quartieri, & Menezes, 2018;Koppensteiner & Menezes, 2019;Eriksson, 2020). Cerqueira e Lobão (2004) apontam algumas variáveis que têm sido utilizadas pelos seguidores dessa teoria para identificar os determinantes da ação criminosa, quais sejam: salários, renda familiar per capita, desigualdade de renda, acesso a programas de bem-estar social, eficiência da polícia, adensamento populacional, magnitude das punições, inércia criminal, aprendizado social e educação.…”

“…O crime e a violência vêm se destacando como um dos mais sérios empecilhos ao desenvolvimento econômico e social, uma vez que tais fenômenos produzem efeitos danosos sobre a renda e a saúde física e mental dos indivíduos, principalmente, devido aos elevados custos associados à mortalidade (Santos & Santos Filho, 2011;Gomes, Evangelista, Lima & Parré, 2017). Logo, essa atividade ilegal impacta negativamente o convívio humano, causando medo (Cardia & Cinoto, 2012), problemas psicológicos (Andrade, Wang, Andreoni, Silveira, Alexandrino-Silva, Siu & Viana, 2012), reduzindo o capital humano (Koppensteiner & Menezes, 2019), aumentado os custos (Cerqueira, 2014) e gerando perdas sociais irreversíveis (Soares, 2015).…”

“…É possível entender a ação criminosa como sendo uma externalidade negativa que piora o bem-estar de parte dos agentes da sociedade em detrimento de outros. A teoria da escolha racional, iniciada com Becker (1968) e, posteriormente, difundida e expandida por diversos autores (Cerqueira & Lobão, 2004;Becker & Rubenstein, 2011;Santos & Santos Filho, 2011;Soares, 2015;Suliano & Oliveira, 2015;Oliveira & Arcaro, 2016;Bartz, Quartieri, & Menezes, 2018;Koppensteiner & Menezes, 2019;Eriksson, 2020), argumenta que o criminoso é um ser racional que pondera custos e benefícios da prática criminosa. Sendo assim, o indivíduo emprega maiores esforços nos setores que oferecerem maiores lucros individuais, seja tal setor legal ou ilegal.…”

“…Verifica-se que os crimes contra o patrimônio (roubo e furto) são mais comuns em regiões ricas devido ao contexto de oportunidades, enquanto que os crimes contra a vida, com destaque para os homicídios, exibem frequência mais acentuada em áreas pobres (Guimarães, 2014;Gomes et al,2017). Ademais, a atividade criminosa também prejudica o desempenho e a frequência escolar, sobretudo de meninos pobres (Koppensteiner & Menezes, 2019). Para Anjos- Junior et al (2018b), a presente situação de insegurança do país está associada a fatores como impunidade (fragilidade das leis ou benevolência das penas), baixo número de prisões (as polícias prendem pouco) e prisões que estimulam a prática de outros delitos (as prisões que não recuperam).…”

A heavy hand or a helping hand? Information provision and citizen preferences for anti-crime policies

“… 3 Nonpecuniary costs are substantial as well. For example, studies from the region have shown that exposure to violence impairs the educational performance of schoolchildren (Koppensteiner and Menezes 2018; Monteiro and Rocha 2017), reduces childbearing (Gerardino and Camacho 2018), and worsens birth outcomes (Koppensteiner and Manacorda 2013). …”