2021
DOI: 10.5380/ce.v26i0.74083
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Violência Conjugal E Prática Assistencial Por Níveis De Atenção À Saúde: Discurso De Enfermeiras

Abstract: Objetivo: descrever a prática assistencial da enfermeira frente aos casos de violência conjugal nos três níveis de atenção à saúde.Método: estudo qualitativo realizado com 47 enfermeiras atuantes em uma grande cidade do Nordeste brasileiro. Os dados foram coletados entre setembro e novembro de 2018, sistematizados através do software NVIVO11®, e analisados por meio do Discurso do Sujeito Coletivo.Resultados: a pesquisa despontou que, na identificação dos casos de violência, há necessidade de investigação do co… Show more

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“…Uma das maneiras que esta violência pode ser revelada é pela consulta de enfermagem em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), a qual o profissional, durante a anamnese e o exame físico, executa de forma holística. Como declara Souza et al (2021) essas consultas são ferramentas essenciais para a descoberta de algum tipo de violência, seja ela física, psicológica ou sexual, a exemplo de usuárias que antes iam a UBS com alegria porém apareciam em outra ocasião com um semblante triste, além de sinais como arranhões, hematomas ou lacerações vaginal. Segundo o mesmo autor, é comum receber nos hospitais situações de extrema violência contra as mulheres como ferimentos causados por arma branca e de fogo, que necessitam procedimentos cirúrgicos, e sinais de queimaduras.…”
Section: Resultsunclassified
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“…Uma das maneiras que esta violência pode ser revelada é pela consulta de enfermagem em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), a qual o profissional, durante a anamnese e o exame físico, executa de forma holística. Como declara Souza et al (2021) essas consultas são ferramentas essenciais para a descoberta de algum tipo de violência, seja ela física, psicológica ou sexual, a exemplo de usuárias que antes iam a UBS com alegria porém apareciam em outra ocasião com um semblante triste, além de sinais como arranhões, hematomas ou lacerações vaginal. Segundo o mesmo autor, é comum receber nos hospitais situações de extrema violência contra as mulheres como ferimentos causados por arma branca e de fogo, que necessitam procedimentos cirúrgicos, e sinais de queimaduras.…”
Section: Resultsunclassified
“…Estes profissionais se limitam aos cuidados físicos e não se atentam aos danos psicológicos que a vítima sofreu. Souza et al (2021) declara que no atendimento à vítima de violência, muitas vezes a assistência necessária se limita a administração de medicamentos e curativos.…”
Section: Resultsunclassified
“…Com o intuito de organizar sistematicamente as informações, foi elaborado o "Instrumento de Classificação de Artigos" (APÊNDICE), adaptado de outro estudo 10 . Destaca-se que na formatação deste instrumento foram consideradas as especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, as definições de ciclos vitais previstas no "Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)" 11 e no "Estatuto do Idoso" 12 , bem como os Níveis de Atenção de Saúde definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 13 . As informações foram organizadas em gráficos e tabelas visando uma análise quantitativa e qualitativa.…”
Section: Resultsunclassified
“…Relativamente à abordagem e habilidades específicas dos profissionais de saúde, 72% referiram ter tido pouco ou nenhum treino que lhes permitisse ter confiança e conhecimento sobre habilidades clínicas específicas sobre como atuar nos casos de violência (McLindon et al, 2019). No contexto específico dos CSP, um estudo com enfermeiros demonstrou que o reconhecimento dos casos de violência e a identificação de sinais e sintomas durante a prática assistencial foi favorecida pela relação de vínculo e proximidade com os pacientes e pela escuta qualificada e que além da abordagem mais clínica e curativa (perante sinais físicos), os enfermeiros procederam ao encaminhamento para outras equipas de apoio familiar e/ou para a atenção secundária de saúde (nível de cuidados mais especializados; Sousa et al, 2021). O défice de conhecimentos sobre violência, e a falta de formação durante o percurso académico, é também apontado pelos profissionais de saúde (Alshammari et al, 2018;Oliveira et al, 2020), reforçando a necessidade Revista de Enfermagem Referência 2023, Série VI, n.º2: e29533 DOI: 10.12707/RVI23.21.29533 de formação teórica e técnica aos enfermeiros que lhes permita lidar, reconhecer e identificar vítimas de violência.…”
Section: Enquadramentounclassified
“…Contudo, dados da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) revelam que a denúncia destas situações pelos serviços de saúde ainda é escassa, verificando-se falhas no seguimento das recomendações vigentes e demonstrando que os profissionais nem sempre estão devidamente sensibilizados para esta avaliação sistemática e eficaz (IGAS, 2020). Alguns estudos revelam que o reconhecimento da violência fica restrito à identificação de sinais físicos quer em contextos hospitalares de urgência (Durham-Pressley et al, 2018), quer no âmbito dos CSP (Oliveira et al, 2020;Sousa et al, 2021). Adicionalmente, as perceções e crenças pessoais dos profissionais de saúde sobre violência (Mendes, 2016), bem como a sua preparação inadequada, constituem fatores importantes que influenciam as intervenções junto das vítimas (Fisher et al, 2020;McLindon et al, 2019).…”
Section: Introductionunclassified