O artigo objetiva analisar razões promotoras do bullying, bem como a maneira como alunos portugueses e brasileiros se posicionam diante do problema e como eles avaliam os encaminhamentos tomados pela escola. A base empírica é uma investigação, de cunho exploratório e de natureza quantiqualitativa, tendo uma amostra aleatória de 235 alunos, matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental (7º, 8º e 9º anos), na faixa etária de 13 a 16 anos, procedentes de duas escolas públicas, uma do Brasil, da região oeste catarinense e outra de Portugal, da região Norte, do Minho. Como procedimento de coleta de dados utilizou-se um questionário. As respostas das questões fechadas foram tabuladas com a utilização de uma ferramenta online (Google Docs), enquanto as respostas à única questão aberta foram submetidas a análise do conteúdo. Quanto às razões que promovem o bullying, houve convergência entre as respostas das amostras, tendo prevalecido a menção a variáveis intrapessoais. Sobre o posicionamento em relação ao bullying, a resposta mais indicada pelos alunos brasileiros foi de que se afastam e não se envolvem com o que está acontecendo, enquanto a amostra portuguesa indicou pedir aos agressores que parem com esse tipo de comportamento. Tais atitudes revelam maior empatia e solidariedade por parte da amostra portuguesa, e, também, podem indicar que os alunos da amostra brasileira temem ser as próximas vítimas. O bullying é um problema sério que demanda encaminhamento daqueles que fazem parte do meio escolar e familiar dos educandos.