Violência intrafamiliar contra crianças: as representações sociais de mulheres agressoras

Abstract

O presente estudo objetivou conhecer as representações sociais sobre violência contra a criança para mulheres que a praticaram. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório, do qual fizeram parte cinco mulheres que praticaram a violência contra a criança e estavam em acompanhamento psicoterápico em uma instituição de atendimento às famílias em situação de violência em um município do sul do Brasil. Os dados foram coletados no período entre julho e agosto de 2013, por meio de entrevista semiestruturada e construção de Genograma. A análise dos dados deu-se por meio da Análise Textual Discursiva ancorada na teoria das Representações Sociais. Os resultados apontaram que as mulheres agressoras edificam suas representações na concepção da superioridade do adulto em relação à criança, estando tal concepção ancorada no imaginário social construído historicamente e compartilhado coletivamente. As representações sociais das participantes relacionam-se com os aspectos históricos atrelados aos significados atribuídos à criança e à infância somados as suas vivências. Nesse sentido, é necessário auxiliar os pais a reconhecerem seus filhos como sujeitos de direitos e a encontrarem estratégias de autocontrole e de manejo das situações de conflito com os filhos.

Da descoberta à situação de emergência: itinerário terapêutico de usuários de álcool e outras drogas

“…Fatores históricos continuam a moldar as atitudes contemporâneas em relação às crianças e à primeira infância, influenciando a forma como as pessoas as percebem e interagem com elas (ROSA et al, 2022). Condições subjetivas fragilizadas, como traumas, dificuldades emocionais, ausência de suporte social e familiar, e outros problemas psicológicos, podem induzir indivíduos 13 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.3, p. 01-19, 2024 a buscar nas drogas uma forma de lidar com essas adversidades (BORGES, SCHNEIDER, 2021).…”