A violência obstétrica constitui uma violência institucional e de gênero que afeta milhares de mulheres no mundo. Assim, apresenta-se como uma urgente questão de saúde pública em relação à promoção de melhores condições a todas as gestantes, independentemente de sua etnia, condições socioeconômicas, demográficas, raciais, de crença religiosa e escolaridade, cuja necessidade de discussão está na experiência positiva ao gestar e dar à luz, respeitando os direitos humanos tanto em relação às mulheres que gestam quanto aos recém-nascidos. O presente artigo visa ao debate sobre o conceito de “violência obstétrica”, suscitando reflexões sobre suas origens, definições e tipologia. Além disso, objetivamos abordar inicialmente, o parto em uma perspectiva histórica. Em seguida, intencionando compreender como emerge o tema da violência obstétrica, retoma-se o movimento pela humanização do parto e do nascimento. Posteriormente, faz-se uma tentativa de conceituar a violência obstétrica, os tipos de agressões nas quais ela se manifesta e seus principais problemas. Por fim, tendo por base os estudos de pesquisadores relacionados à perspectiva foucaultiana, objetiva-se compreender esse tipo de violência a partir de uma hegemonia de saber/poder. Metodologicamente, optamos por realizar uma revisão narrativa de estudos sobre o tema, compreendendo a literatura acadêmica, os documentos institucionais, nacionais, internacionais e a legislação disponível no Tempo Presente.